Ser Corinthians

Ninguém escolhe ser Corinthians por títulos, por ter mais ou menos torcida. Escolhe-se o Corinthians por paixão, pelo simples fato de gostar, sem ter qualquer razão de assim ser ou sem ter qualquer explicação plausível.

O Corinthians é assim, causador dos maiores sentimentos que um ser humano pode ter: Ou você o ama. Ou você o odeia.

Ninguém consegue ser indiferente a essa grandeza, nas vitórias e nas derrotas isso fica evidente. Enquanto nossa nação se alegra nas vitórias, causa em nossos rivais o desespero, a tristeza, a ira. E quando sofremos por nossas derrotas, eles se alegram. Simples assim, basta olhar os fatos, o dia a dia.

Ser Corinthians passa de geração por geração através de um amor que é só inexplicável. Foge a toda regra, ninguém é Corinthians apenas porque o pai ou alguém da família é. Você é Corinthians por ser e só isso basta. Corre na veia. Ser Corinthians é ser história, afinal, partimos de um nada desacreditado, "lutamos" contra uma hierarquia corrupta onde os ricos oprimiam os pobres com seu poder e soberania. Somos o sofrimento em pessoa, mas quando vemos o jogo, o mundo pára para nós, afinal, somos fiéis num bando de loucos. VAI CORINTHIANS SEMPRE!...

É ir do inferno ao céu em segundos, sair da tristeza de algum problema com um gol de canela ou só sair da rotina, alegrando-se com um simples resultado. É sofrer na derrota, mas nunca perder o orgulho de vestir nosso manto sagrado. Alegrar-se apenas com nossas vitórias. Deixar os adeptos da teoria da conspiração inventar mil hipóteses, só para não aceitar um fato: O Corinthians é maior que todos.

Doa a quem doer, resmungue quem quiser. O Corinthians é isso mesmo, gigante, de proporções tão fantásticas, que causa o ódio ou amor, mas nunca a indiferença.

Deu o óbvio

Corinthiano, maloqueiro e sofredor. Graças a Deus.

Desde pequeno eles já sabem o que é ser Corinthians. Conhecem a pressão e a torcida.  Amam a camisa que vestem e fazem a torcida ter orgulho de vê-los em campo. É assim que tem que ser, honrar o manto. Acompanhei toda Copinha esse ano e digo com toda certeza: Deu gosto de ver!

Dos nove a zero na estréia, aos dois a um da final. E que final hein?! Ala Corinthians, de virada, na raça, saindo perdendo e virando no fim.  Fluminense saiu na frente, jogou atrás, dificultou. Mas não podia ser diferente, eles já sabem o que é ser Corinthians, jogando na nossa casa, com mais de 35 mil pessoas.

Deu o óbvio. Deu Corinthians.

Octa campeão da Copa São Paulo e mais que isso, dando orgulho pra nossa nação. 

Timão, jogai por nós.

Amanhã é a estréia do Corinthians numa competição oficial em 2012. O Paulistão começa, como todo ano, em segundo plano. Mais visto como uma preparação, ainda mais em ano de Libertadores. Não dá pra se esperar uma grande apresentação na estréia, mas aqui é Corinthians e todo jogo é importante.

Não assisti o jogo contra a Portuguesa na quarta, então não posso opinar sobre a atuação da equipe, mas me empolguei com o primeiro tempo do amistoso contra o Flamengo. Time entrosado, tocando bem a bola, com aquela pegada que nós deu a taça ano passado. A escalação do Willian como titular, me agrada mais que a do Danilo, dá pra jogar com três atacantes sim, ainda mais num jogo em casa contra o Mirassol.

Apesar de achar o Tite um treinador mais ou menos, ele tem sido coerente e conseguido com isso tirar algo mais dos jogadores. E essas sete primeiras partidas são de extrema importância, para que o time chegue voando dia 15, na estréia da Libertadores.

Então, amanhã tem nação. Vai Corinthians! Que inicie 2012 com o pé direito.

Meu palpite: 3 x 0 pra nós. 

A Sócrates

´

Dia 04 de Dezembro de 2011, foi uma data que trouxe o contraste na vida de uma nação, a República Popular do Corinthians foi da tristeza da morte de um ídolo, ao ápice da alegria com o penta campeonato nacional. Naquele dia não escrevi nada sobre o Doutor, afinal de contas, muitos iriam fazer homenagens (todas merecidas é claro), mas achei que seria só mais um a escrever o óbvio.

Hoje, passado mais de um mês, daquela data histórica, resolvi fazê-la.

Doutor, quem te escreve é um menino, apaixonado por futebol e pelo Corinthians. Seu Corinthians, meu Corinthians, nosso Corinthians. De uma nação maravilhosa. Quero que saiba, onde estiver, que você foi e é meu grande ídolo. Sabe, não tive o prazer de vê-lo jogar, desfilar aquela elegância pelos gramados. Quem me dera por ter visto isso de perto. Ídolo dentro e fora do campo. Ídolo no intelecto, ídolo na luta pelo povo. Ídolo de ideais. Li todas as homenagens feitas, me emocionei com várias e talvez por isso tenha demorado a fazer a minha. “Porque?” - talvez perguntaria – caso em um sonho te encontrasse. Responderia: - porque a minha pode não emocionar, a minha pode não marcar gerações. E tudo que tenha relação ao senhor, doutor, marca a eternidade.

Braço direito erguido, lutando pelo que acha certo, deve estar encantando ai no céu. Se puder, leia meu texto de onde estiver. Teu nome será lembrado, enquanto o amanhã existir. Sócrates , doutor.

A nação corinthiana te agradece. O Brasil agradece, tudo que fez por nós. 

Grande erro

Acaba 2011, começa 2012 e o Adriano precisa dos seus eternos dois meses para entrar em forma. A pergunta é: Será que esse cara quer jogar bola?

Domingo vê-lo em campo no segundo tempo inteiro, foi sofrível. Não tocou no bola, não conseguiu nem se movimentar direito. Talento ele tem, é indiscutível. O problema sempre foi a falta de comprometimento e a eterna vontade de estar no time que ele torce. Não vejo vontade nos olhos desse cara, não vejo aquela gana de vencedor, que qualquer um teria que ter no mínimo. Joga num clube que paga em dia, que tem uma torcida maravilhosa e o cara parece que não tem tesão em estar em campo. O famoso custo-benefício é pífio, alguém pode dizer que foi decisivo no jogo contra o Atlético MG e até foi, mas se for assim, até o nosso Chicarito, Luiz Ramires também foi. A verdade é que me mata de raiva ver um cara tão sem vontade assim, vestindo a nossa camisa. Não honra.

Espero que em 2012 ele me cale e consiga jogar futebol, porque até agora ele esta aqui passando férias. Daqui a pouco os dois eternos meses não chegam, o contrato acaba, ele pega as coisas e volta pro Rio de Janeiro. E o que vai restar? Apenas um gol, um prejuízo enorme e a certeza que isso foi um grande erro.